terça-feira, 11 de dezembro de 2018

12 anos de Escravidão-1

                                                                                                                                                         Monique Paiva 

O filme relata a história de vida real de Solomon Northup, um músico que viveu no século XIX, período no qual começou o fim da escravidão nas Américas. Era ano de 1841, quando ele recebeu uma proposta de trabalho, deixando para trás sua esposa e dois filhos. Chegando lá, ele fez sua apresentação e logo depois sai para beber com uns amigos que tinha feito. Por fim, acabou se embriagando e seus amigos foram o deixar em seu quarto de hotel.  
Na manhã seguinte, Solomon acorda algemado em um lugar estranho e desconhecido, e assim, começa o seu pesadelo. Dois homens entram em seu cativeiro e logo ele alega, desesperadamente, que é um homem livre e que tudo não passa de um grande engano. O homem lhe diz que ele não passa de um escravo fujão da Geórgia. Ele nega e recebe o seu primeiro castigo, sendo espancado com uma corrente.  
Quando ele entra em um navio negreiro, que está indo em direção ao sul dos EUA, ele descobre que há outros como ele. Ao chegar no local ele se limpa e vai direto para uma feira de compra de escravo, onde ganha seu primeiro dono, Ford. 
Conforme os anos vão se passando na fazenda, Solomon, que agora era chamado de Platt, vai mostrando cada vez mais ser um escravo eficiente, causando inveja em alguns senhores que trabalhavam para Ford. Willian, o engenheiro, começou a odiar Platt por seus serviços serem melhores que os seus. Então começou a implicar com o escravo, até que o mesmo se revoltou com tanta indignação e agrediu ao engenheiro. Com a intenção de se vingar, Willian tentou o matar enforcado, mas um dos senhores interviu, livrando-o da morte, porém, não o tirou da forca. Tendo como seu segundo castigo, Platt passou horas e horas amarrado e pendurado na forca, que não estava apertada o suficiente para o matar. Logo quando seu dono soube do que estava a acontecer, vendeu-o para outro senhor, tentando poupar sua vida. 
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Solomon/Platt (imagem da internet)

Na segunda fazenda, Platt era tratado de maneira diferente, mas não deixava de ser admirado. O que ele não sabia era que naquela fazenda existia uma menina, chamada, Patsey, que era muito louvada por Edwin Eppsdono de ambos, pois ela conseguia produzir mais que o triplo do resultado da colheita do que os homens escravos. 
Mas a admiração de Edwin pela menina ia muito além de seus esforços, já que ele se encontrava apaixonado pela escrava. Afeto esse que ele criou nas várias vezes em que a abusou sexualmente.
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Patsey, Edwin e Platt (imagem da internet)

De várias maneiras Platt tentou escapar, mas sempre recuava por medo do que poderia acontecer se fosse pego. Depois de muitas humilhações, tanto físicas como emocionais, de ter confiado em pessoas que não deveria, de inúmeras agressões, ele encontrou, enfim, uma chance de se salvar. 
Em um dia qualquer, Edwin contratou um homem, conhecido como Bass, para lhe fazer uma construção. Platt trabalhava muito bem em tais tipos de serviço, então Edwin colocou ambos para trabalharem  juntos 
Edwin e Bass tiveram uma leve discussão na qual ambos falavam o que pensavam sobre a escravidão. Ideias totalmente opostas, mas que despertaram interesse em Platt. No dia seguinte, Platt e Bass começaram a conversar e o escravo lhe contou toda sua história. Bass comovido e chocado, prometeu enviar uma carta para os amigos de Platt e conseguir sua carta de alforria. Pouco tempo depois, na frente da fazenda, Platt avistou seus amigos do começo da história, os mesmos que o levaram de volta para casa. Salomon, que depois do resgate conseguiu não apenas seu nome de volta, mas também toda sua dignidade e felicidade, conseguiu rever sua família depois de 12 anos de puro inferno de escravidão no sul estadunidense. 
 Observações 
 O filme claramente mostra como era a vida dos negros no tempo da escravidão. E que alguns não eram nascidos como escravos, mas acabavam se tornando a força, por meio de sequestros internos nos EUA. Podemos ver como era o tratamento, principalmente com mulheres, muitas eram separadas de seus filhos, outras eram abusadas com frequência e algumas quando já estavam na idade não deixavam de trabalhar pesado na colheita. Como no século XIX o sul dos EUA era menos desenvolvido do que o Norte, onde muitos negros viviam livres e tinham uma vida normal, assim como qualquer outra pessoa.  
Muitos dos que sumiram não tiveram a mesma sorte que Solomon, poucos conseguiram voltar para suas famílias. É uma história realmente comovente e triste, mas o pior é saber que a maldade do ser humano já chegou a ser tanta a ponto de escravizar o próximo apenas pela cor de sua pele, e ainda usando o nome de deus e da religião 















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