quinta-feira, 11 de abril de 2013

Imperialismo e suas consequências na América



No início do século XIX o governo dos Estados Unidos da América já havia demonstrado intenção de demarcar as áreas onde pudesse exercer sua influência econômica. O presidente James Monroe, em 1823 criou a Doutrina Monroe, com o lema “a América para os americanos”. A intenção era afastar a presença de capitais e produtos europeus, especialmente ingleses dos países americanos recém independentes. Era o primeiro passo dos EUA para controlas as nações do continente americano. 
O imperialismo foi facilitado pelas condições em que ocorreram os processos de independência colonial: fragmentação política, poder local nas mãos da aristocracia e permanência de estruturas típicas da colonização de exploração. No governo de Theodore Roosevelt, entre 1901 e 1909, a Doutrina prevaleceu.
 Um exemplo da intervenção imperialista foi o apoio dos EUA na consolidação da independência em Cuba, com a Emenda Platt na constituição cubana, na qual dizia o direito dos EUA construírem bases militares no país. Outro exemplo é na intervenção norte-americana na independência do Panamá em 1901, em troca de apoio político e militar, o governo norte-americano garantiu o controle sobre a passagem que interliga o Oceano Atlântico e Pacífico.
O governo norte-americano tinha interesse sobre Cuba e Panamá devido a localização estratégica desses países na América Central: são pontos de ligação entre o norte e o sul do continente americano e passagem do Oceano Atlântico para o Pacífico.




Emenda Platt

A chamada Emenda Platt foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos da América a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estado unidense.

A Doutrina Monroe

A chamada Doutrina Monroe foi enunciada pelo presidente estadunidense James Monroe (1817-1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823.
O seu pensamento consistia em três pontos:
 
 - A não criação de novas colônias nas Américas; 
 - A não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; 
 - A não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias. 

 
 
 A Politica de Big Stick

O Big Stick (grande porrete) foi uma frase de efeito usada para descrever o estilo de diplomacia empregada pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt, como corolário da Doutrina Monroe, a qual especificava que os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no hemisfério ocidental. Roosevelt pegou o termo emprestado de um provérbio africano, fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete, implicando que o poder para retaliar estava disponível, caso fosse necessário. Roosevelt utilizou pela primeira vez esse slogan na Feira Estadual de Minnesota, em 2 de Setembro de 1901, doze dias antes que o assassinato do presidente William McKinley o arremessasse subitamente na presidência.




 Formas diversas de Imperialismo


Na América Latina, somente o Caribe e alguns outros territórios não sofreram com a ocupação territorial imperialista  por parte das grandes potencias Européias .
O fato de os países Latinos-Americanos terem conquistado sua indepêndencia era um fator que fazia com que as potências imperialistas  utilizem outras estratégias de dominação .

Devemos lembrar que por meio da doutrina do Destino Manifesto os Estados Unidos acreditavam que seu modelo político e social, era superior a maioria dos outros países absolutistas Europeus e que haviam , por tanto, sido escolhidos por Deus para libertar, comandar e ter um papel de destaque no cenário mundial .
Tratava-se de uma versão estadunidense da idéia do "Fardo do Homen Branco". 


Em sintonia com o Destino Manifesto se desenvolveu nos Estados Unidos a doutrina Monroe que defendia a soberania dos países Americanos,  comunemente apresentada na expressão "América para os Americanos " , onde os Norte-Americanos se colocavam contra qualquer tentativa de recolonização da América pelos Europeus . Contudo , e tendo em vista o desenvolvimento do imperialismo do século XIX e XX , não seria enganosa uma ligeira alteração nessa sentença , dando lugar a uma mais exata definição...  "América para os nortes Americanos" .
A Inglaterra procurou atuar em diversos setores da ecônomia dos países latinos , emprestando dinheiro, exercitando controle de bancos e levando diversos países a um grande endividamento externo . Com os investimentos as empresas estrangeiras passavam a controlar boa parte da infraestrutura do país como ferrovias , serviços de bondes , água , esgoto , gás , eletrecidade , telefonia , etc . 

Os Estados Unidos por sua vez procurou dominar setores estratégicos da ecônomia de diversos países . Assim , controlavam o cobre Chileno , o estanho da Bolivia eo petróleo do México e da Venezuela , o açucar em Cuba , etc. 

Um exemplo de imperialismo Norte-Americano fica evidente na sua relação em cuba . Os Nortes Americanos que tinham investimentos na produção de açucar e tabaco em Cuba  (que eram uma posseção Espanhola) entraram em atrito com a Espanha e ajudaram indiretamente Cuba a se livrar dos Espanhóis através da guerra Hispano - Americana em 1898 . A guerra foi amplamente favorável aos Estados Unidos , que acabaram tomando Porto Rico e as Filipinas dos Epanhóis , entendendo suas garras  posteriormente ao Havai e as ilhas de Guam .
No caso dos cubanos , contudo , se haviam , por um lado , se livrado dos Espanhóis , por outro , foram obrigados a assinar a emenda Platt ( 1901 ) que dava aos Estados Unidos o direito de intervir na ilha , além da criação de uma base militar na região , a famosa base de Guantánamo . 

A partir deste momento os Americanos passavam a associar dominação encônomica a intervenção militar . Tal politica ficou conhecida como a politica do Big Stick , tratava-se de expandir o poder e a presença norte-americano pelo mundo . 
 
O Caribe em especial sofreu com a pressão imperialista dos Estados Unidos na região por se tratarem de países exportadores de produtos primários acabaram nomeados de 'Bananas Republics' . Outro exemplo da interferência dos Estados Unidos da região ocorreu quando os norte-americanos auxiliaram os panamenhos em sua indepêndencia frente a Colômbia em  1903.
Com a separação do Panamá os Estados Unidos garantiram a construção do estratégico canal do Panamá que ficaria sobre o controle dos norte-americanos até 1999 .



EMEF Emílio Meyer
Nomes: Wagner, Juliano, Stephanie Anjos e Maria Luísa    
Turma: 8S4

2 comentários:

  1. É muito gratificante verificar que nossos alunos, tantas vezes menosprezados, produzam trabalhos tão bons sobre temas tão interessantes como as revoluções mundiais, o imperialismo, as colonizações, a África e outros. Parabéns alunos do Professor Mauro!!!
    Jorge Amaral

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  2. Valeu professor, esperamos sua participação em breve junto com seus pupilos para que este espaço seja para todos. Abraço.

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