quarta-feira, 10 de abril de 2013

Liberalismo, Iluminismo e autoritarismo.



   O liberalismo ou pensamento liberal fazia parte de um conjunto de ideias em defesa da liberdade dos indivíduos na sociedade, na política, na religião e na economia. Na França, esse conjunto de ideias ficou conhecido como iluminismo, ilustração ou filosofia das luzes.
  A palavra iluminismo originou-se de luz, em uma referência á razão que é a capacidade dos seres humanos para conhecer, compreender e julgar tudo o que acontece. Embora houvesse diferenças entre os intelectuais iluministas, eles tinham em comum a diferença na razão. Para eles, as pessoas eram dotadas dessa capacidade e por isso seriam capazes de fazer críticas à sociedade e de repensar a relação dos seres humanos uns com os outros e com a natureza. A confiança na razão como uma qualidade dos seres humanos aproximava os iluministas dos pensadores do Renascimento e do racionalismo do século XVII.

Filósofos Iluministas

Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond D’Alembert (1717-1783) foram os principais organizadores da primeira enciclopédia, com 35 vol., elaborada com objetivo de resumir os principais conhecimentos da época nas artes, na ciência e na filosofia. Muitos autores colaboraram na “Enciclopédia”. Dentre eles, destacam-se Quesnay, Buffon, Montesquieu, Turgot, Condorcet, Voltaire, Holbach e Rousseau, que ficaram conhecidos como enciclopedistas.



 
  A Igreja é o Estado não puderam ser criticados diretamente pelos enciclopedistas, devido à censura que havia na época. Apesar de tudo, a obra teve grande influência no modo burguês de pensar a política. Em linhas gerais, os autores da Enciclopédia defendiam o racionalismo (em oposição à fé nos dogmas), a independência do Estado em relação à Igreja e a confiança no progresso humano por meio das realizações científicas.

Rousseau: O contrato social e o bom selvagem

  Considerado o mais radical dos pensadores iluministas, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)  foto abaixo nasceu em Genebra, Suíça, e em 1742 mudou-se para a França. Neste país, escreveu suas obras, procurando conciliares as exigências dos indivíduos e da sociedade. Uma de suas obras foi O contrato social, na qual afirmava que o soberano deveria conduzir o Estado segundo a contate da maioria do povo. Somente assim haveria uma sociedade igualitária.
  Em outra obra, Discurso sobre a origem e os fundamentos da entre os homens (1775), Rousseau celebrou, as qualidades da vida natural e atacou a corrupção, a avareza e os vícios da sociedade civilizada. Elogiou a liberdade dos chamados “selvagens” (os indígenas americanos), os quais, de acordo com ele, viviam ser a facilidade e o artificialismo dos homens civilizados. Com isso, defendeu a ideia que as pessoas nascem boas, mas a sociedade as corrompe.


A Filosofia questiona os Poderes

  Para Descartes, só existe o que pode ser provado do pensamento racional, ou seja, pelo pensamento lógico e matemático. Para compreender o universo seria necessário estabelecer um método de ação, que consiste na análise, parte importante daquilo que chamamos de método científico.

  Outro filósofo importante da época (séc.XVII) foi o inglês John Locke, para o qual a origem do conhecimento era experiência. Nossas ideias, para serem verdadeiras, deveriam ser comprovadas por fatos concretos, considerados dados empíricos.

  Na obra Segundo tratado do governo civil, Locke desenvolveu a teoria do governo limitado, em que o poder do rei era resultado de um contrato entre governo e governados. Assim, a autoridade dos governos não cumprisse o objetivo para o qual foi escolhido (preservar os direitos dos indivíduos à vida, à liberdade e à propriedade), ou abusasse de seus poderes, o povo teria o direito de dissolvê-lo.

  Locke afirmava que, no inicio da civilização, a única lei existente era a da natureza. Cada pessoa definia sua própria lei para proteger seus direitos naturais: vida, liberdade e propriedade. Essa situação acabou levando ao caos, uma vez que coexistiam vária leis Segundo a teoria de Locke, só haveria uma saída para o caos: o estabelecimento de uma sociedade civil e a instituição de um governo regido por uma Constituição.

  O filósofo condenou os governos autoritários e aristocráticos dos monarcas ingleses e defendeu a autoridade do Parlamento (Poder Legislativo) sobre o poder exercido pelo monarca. 



                                              Voltaire
       Dos filósofos iluministas, Voltaire é considerado um dos mais importantes. Afirmava ser o governo uma necessidade e que a natureza tinha dotado todos os homens dos direitos da liberdade , da propriedade  e da proteção das leis.
         Defensor dos interesses da burguesia e da liberdade política, Voltaire atacou com veemência os abusos praticados pelos governantes. Acreditava que o uso da razão e o incentivo á ciência e a tecnologia promoveriam as mudanças necessárias à formação de um bom governo. Defendia a liberdade de imprensa e propaganda, a liberdade religiosa, a cobrança justa dos impostos e a  redução dos privilégios da nobreza e do clero.
    Por suas críticas a igreja, Voltaire - foto abaixo - foi preso várias vezes, exilando-se na Inglaterra.Voltaire não propunha mais participação popular no poder, por duvidar da capacidade de admiração política das pessoas seriam inclinadas ao fanatismo e a superstição e, assim, não seria recomendável que tivessem o poder não mãos. 
       A figura certa para tal empreendimento seria um rei que, ao contrário dos reis absolutistas, garantisse o direito à liberdade e realizasse reformas sociais. Isso seria possível desde que esse rei tivesse assessoria de filósofos iluministas. Voltaire julgava o governo da seguinte maneira : “Se o governo fosse bom o povo seria bom e se o governo fosse ruim o povo poderia tomar providencias”.


   


       Adam Smith e a sua teoria do liberalismo

Adam Smith foi um dos pensadores principais do liberalismo ele defendia o povo e a burguesia com o pensamento de “deixar fazer” que significava nada menos que o governo não se entrometesse no mercado e nas vendas. Assim deixando os empresários colocarem os seus próprios pressos provocando entre eles a concorrência e preços mais baixos satisfazendo o povo. Ele também tinha a ideia de que se o trabalho fosse especializado em todo mundo, tudo viria a tornar-se uma grande oficina. Tendo também mais solidariedade (talvez) entre os homens.
O pensador escocês Adam Smith - foto abaixo - procurou responder racionalmente às perguntas da época. Ele dizia que o egoísmo é útil para a sociedade,, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros mas, para lucrar, têm que vender produtos bons e baratos,. se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor,desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado.
A teoria do liberalismo econômico surgiu no contexto do fim do mercantilismo, período em que era necessário estabelecer novos paradigmas, já que o capitalismo estava se firmando cada vez mais. A ideia central do liberalismo econômico é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma, ou seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio na  economia. 
Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por trazer Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a evolução generalizada. Os liberalistas defendem a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Estes teóricos foram os primeiros a tratar a economia como ciência.                                                                                                                                    




EMEF Emílio Meyer
Nomes: Gulherme, Dionathan , Eduardo, Lucas Faleiro,  Vítor, Fabiano e Lucas Beck.
Turma 8a3.

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